As células-tronco derivadas de polpa de dente decíduo têm demonstrado em estudos pré-clínicos serem altamente plásticas, podendo se transformar em células ósseas, neurais, cardíacas, entre outras. Sendo assim, cientistas do Laboratório de Genética do Instituto Butantan realizaram um estudo que mostra que as células-tronco do dente de leite podem fazer crescer novo osso onde houve perda dentária completa. O Cirurgião-Dentista Júlio Cezar Sá Ferreira, com residência em Periodontia e Master of Science em Biologia Oral pela Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), especialista em Implantodontia, introdutor da Osseointegração no Brasil e presidente-fundador da Academia Brasileira de Osseointegração (Abross), conta que em 2011, participou de estudos de regeneração óssea na Universidade da Califórnia e, desde então, tem acompanhado os avanços nessa área. “Essa técnica recria osso onde houve perda dentária completa e também reconstrói o tecido que reveste a córnea por seios maxilares extremamente atróficos.”
Segundo ele, essa pesquisa trará inúmeros benefícios. Primeiramente, reduzirá os riscos e a morbidade por deixar de haver a necessidade de buscar osso doador em outras partes do corpo, assim como diminuir a inflamação da região pós-enxerto. Também diminuirá os custos dos procedimentos e o tempo de reparação.
Células-tronco também reconstroem tecido que reveste a córnea Um outro estudo também feito pelos pesquisadores do Laboratório de Genética do Instituto Butantan levou à criação de uma técnica que permite obter grandes quantidades de células-tronco do dente decíduo visando à reconstrução do tecido que reveste a córnea. Os primeiros resultados dos testes deverão ser anunciados no segundo semestre de 2013.
Produções do músculo a partir de células de polpa dentária, também estão sendo realizadas. Lizier ressalta que até o momento “o grupo multidisciplinar se aprofundou bastante no conhecimento das células-tronco de polpa dentária, e há reais provas para a utilização segura destas células para a terapia celular, em especial para a medicina regenerativa de osso, cartilagem, músculo e tecido neural. Comprovamos que estas células não provocam resposta imune do organismo e também não induzem a formação de tumores nos diversos experimentos que realizamos em animais.”
O cientista explica que as perspectivas futuras são, primeiramente, criar bancos de células-tronco de polpa dentária para a armazenagem deste material tão precioso e a consolidação da utilização destas células tronco em diversos protocolos clínicos.
Por Mariana Pântano - APCD Jornal - Outubro 2010
Uso Das Células Tronco De Dentes De Leite
Segundo ele, essa pesquisa trará inúmeros benefícios. Primeiramente, reduzirá os riscos e a morbidade por deixar de haver a necessidade de buscar osso doador em outras partes do corpo, assim como diminuir a inflamação da região pós-enxerto. Também diminuirá os custos dos procedimentos e o tempo de reparação.
Células-tronco também reconstroem tecido que reveste a córnea Um outro estudo também feito pelos pesquisadores do Laboratório de Genética do Instituto Butantan levou à criação de uma técnica que permite obter grandes quantidades de células-tronco do dente decíduo visando à reconstrução do tecido que reveste a córnea. Os primeiros resultados dos testes deverão ser anunciados no segundo semestre de 2013.
Produções do músculo a partir de células de polpa dentária, também estão sendo realizadas. Lizier ressalta que até o momento “o grupo multidisciplinar se aprofundou bastante no conhecimento das células-tronco de polpa dentária, e há reais provas para a utilização segura destas células para a terapia celular, em especial para a medicina regenerativa de osso, cartilagem, músculo e tecido neural. Comprovamos que estas células não provocam resposta imune do organismo e também não induzem a formação de tumores nos diversos experimentos que realizamos em animais.”
O cientista explica que as perspectivas futuras são, primeiramente, criar bancos de células-tronco de polpa dentária para a armazenagem deste material tão precioso e a consolidação da utilização destas células tronco em diversos protocolos clínicos.
Por Mariana Pântano - APCD Jornal - Outubro 2010