Por:Maria José Carvas Pedro
Ultimamente todos os jornais e veículos de comunicação da área odontológica têm destinado amplos espaços para o exame de proficiência, o que isto tem relação com o mercado de trabalho odontológico? Será que é este o caminho? Ou a solução? Desde que me formei, há mais de duas décadas, a queixa é a mesma: não há mercado de trabalho na odontologia; mas o pior é que as respostas continuam também as mesmas!!! Que existe um grande número de formados a cada ano; o aumento do número de faculdade que se abrem; os convênios remunerando muito mal nossos profissionais; a existência de sub-empregos, enfim, as desculpas são sempre iguais. Será que só o mundo muda e a área odontológica ficou “congelada” no tempo? Será que ainda não percebemos a globalização? O quanto ela pode afetar a nossa atividade? É exatamente nesta situação que tenho me atentado ultimamente. Isto me incomoda muito; pois, para uma situação que dizem não ter solução, estas são as mais merecedoras de estudos, até que as mesmas sejam encontradas. Quem aceita o presente ou vive no passado, não tem tempo para ver o futuro! Certo dia, ministrando uma palestra, respondi a uma pergunta com a seguinte resposta: “se o tratamento não é eficaz ,o problema pode não ser a técnica, mas sim na imprecisão do diagnóstico”. Enquanto voltava para São Paulo comecei a pensar se o mesmo não estaria acontecendo com a Odontologia. Acredito que sim! Acredito que o problema esteja no “diagnóstico”, no enfoque da questão. O problema esteja no fato do cirurgião dentista não se enxergar como empreendedor. Enquanto não modificarmos nosso “diagnóstico’, com relação ao mercado de trabalho, não teremos o “tratamento”, ou melhor a solução adequada. Se o consultório é uma empresa, o dentista, seria o empresário, que vende um produto, no caso o tratamento odontológico; ele é um empreendedor !!! Ele transforma a vida dos outros através de seus talentos. Então por que o dentista não age como tal? Em outras palavras, se o profissional insistir em não reconhecer a sua condição de empreendedor, isto por si só já o tira do mercado de trabalho. Quantos colegas que conheço que infelizmente já mudaram de profissão, sendo que eram muito bons tecnicamente! Mas os que acreditam no seu potencial empreendedor e passam a se ver como tal, voltam a ter este mercado que foi perdido. Na minha empresa, a Bite Right Odontologia e Gestão, tivemos um caso muito bonito onde o colega estava literalmente abandonando a profissão e o que é pior, com o moral bem baixo, sentindo-se totalmente fracassado depois de tantos anos de odontologia. Quando conversamos com o mesmo e o fizemos entender que ele apenas havia esquecido que era um empresário, e deveria agir como tal, hoje nos surpreende com metas atingidas com muita facilidade, está feliz, e percebendo mês a mês não só o retorno, mas o aumento da clientela; voltou com força total para o mercado e percebeu que este é muito bom e com boas perspectivas. Este fato só vem a reforçar minha tese, que o profissional para ter mercado de trabalho precisa e deve agir como empreendedor, acompanhar a globalização e mudar junto com o mundo. Este mudar não significa apenas que seu consultório esteja tecnologicamente atualizado, mas entender o que acontece externamente, como queda da bolsa de valores em Tókio ou Nova York, por exemplo, irão influenciar seu mundo odontológico. Como fazer melhores aplicações, como fazer seus rendimentos aumentarem, enfim, agir de forma profissional abandonando seu amadorismo, de se estressar todo fim de mês para pagar as contas. Aprendi que na biologia, que passamos necessariamente pela evolução filogenética para atingirmos nossa evolução ontogenética; analogamente o mesmo deve acontecer com a nossa profissão, ela precisa se desenvolver e evoluir de acordo com os estímulos externos – diríamos, pelos estímulos fenotípicos – moldando nossos comportamentos, ou seja, nossos estímulos internos, os genotípicos. Desta forma conseguiremos crescer e desenvolver continuamente. Veja, que a própria vida nos responde o que está acontecendo com nossos consultórios! Nos mostra qual o caminho que devemos seguir; mas muitos ainda não perceberam e, o que é pior... Com esta atitude colocam seus talentos, num armário de frustrações. Sem empreendedorismo é praticamente impossível ter “seu talento” reconhecido, permitindo assim que sua empresa fique numa situação difícil; portanto se este foco não for ampliado e o profissional não acompanhar a globalização, a reversão da situação é praticamente impossível. Diria que o empreendedorismo e a globalização estão para o novo perfil do dentista, assim como a filogênese e a ontogênese foram e são fundamentais para a evolução do ser humano. Quem tem foco e visão globalizada: tem qualidade de vida e resiste ao mercado, por mais difícil que ele se encontre
O Dentista Empreendedor
Ultimamente todos os jornais e veículos de comunicação da área odontológica têm destinado amplos espaços para o exame de proficiência, o que isto tem relação com o mercado de trabalho odontológico? Será que é este o caminho? Ou a solução? Desde que me formei, há mais de duas décadas, a queixa é a mesma: não há mercado de trabalho na odontologia; mas o pior é que as respostas continuam também as mesmas!!! Que existe um grande número de formados a cada ano; o aumento do número de faculdade que se abrem; os convênios remunerando muito mal nossos profissionais; a existência de sub-empregos, enfim, as desculpas são sempre iguais. Será que só o mundo muda e a área odontológica ficou “congelada” no tempo? Será que ainda não percebemos a globalização? O quanto ela pode afetar a nossa atividade? É exatamente nesta situação que tenho me atentado ultimamente. Isto me incomoda muito; pois, para uma situação que dizem não ter solução, estas são as mais merecedoras de estudos, até que as mesmas sejam encontradas. Quem aceita o presente ou vive no passado, não tem tempo para ver o futuro! Certo dia, ministrando uma palestra, respondi a uma pergunta com a seguinte resposta: “se o tratamento não é eficaz ,o problema pode não ser a técnica, mas sim na imprecisão do diagnóstico”. Enquanto voltava para São Paulo comecei a pensar se o mesmo não estaria acontecendo com a Odontologia. Acredito que sim! Acredito que o problema esteja no “diagnóstico”, no enfoque da questão. O problema esteja no fato do cirurgião dentista não se enxergar como empreendedor. Enquanto não modificarmos nosso “diagnóstico’, com relação ao mercado de trabalho, não teremos o “tratamento”, ou melhor a solução adequada. Se o consultório é uma empresa, o dentista, seria o empresário, que vende um produto, no caso o tratamento odontológico; ele é um empreendedor !!! Ele transforma a vida dos outros através de seus talentos. Então por que o dentista não age como tal? Em outras palavras, se o profissional insistir em não reconhecer a sua condição de empreendedor, isto por si só já o tira do mercado de trabalho. Quantos colegas que conheço que infelizmente já mudaram de profissão, sendo que eram muito bons tecnicamente! Mas os que acreditam no seu potencial empreendedor e passam a se ver como tal, voltam a ter este mercado que foi perdido. Na minha empresa, a Bite Right Odontologia e Gestão, tivemos um caso muito bonito onde o colega estava literalmente abandonando a profissão e o que é pior, com o moral bem baixo, sentindo-se totalmente fracassado depois de tantos anos de odontologia. Quando conversamos com o mesmo e o fizemos entender que ele apenas havia esquecido que era um empresário, e deveria agir como tal, hoje nos surpreende com metas atingidas com muita facilidade, está feliz, e percebendo mês a mês não só o retorno, mas o aumento da clientela; voltou com força total para o mercado e percebeu que este é muito bom e com boas perspectivas. Este fato só vem a reforçar minha tese, que o profissional para ter mercado de trabalho precisa e deve agir como empreendedor, acompanhar a globalização e mudar junto com o mundo. Este mudar não significa apenas que seu consultório esteja tecnologicamente atualizado, mas entender o que acontece externamente, como queda da bolsa de valores em Tókio ou Nova York, por exemplo, irão influenciar seu mundo odontológico. Como fazer melhores aplicações, como fazer seus rendimentos aumentarem, enfim, agir de forma profissional abandonando seu amadorismo, de se estressar todo fim de mês para pagar as contas. Aprendi que na biologia, que passamos necessariamente pela evolução filogenética para atingirmos nossa evolução ontogenética; analogamente o mesmo deve acontecer com a nossa profissão, ela precisa se desenvolver e evoluir de acordo com os estímulos externos – diríamos, pelos estímulos fenotípicos – moldando nossos comportamentos, ou seja, nossos estímulos internos, os genotípicos. Desta forma conseguiremos crescer e desenvolver continuamente. Veja, que a própria vida nos responde o que está acontecendo com nossos consultórios! Nos mostra qual o caminho que devemos seguir; mas muitos ainda não perceberam e, o que é pior... Com esta atitude colocam seus talentos, num armário de frustrações. Sem empreendedorismo é praticamente impossível ter “seu talento” reconhecido, permitindo assim que sua empresa fique numa situação difícil; portanto se este foco não for ampliado e o profissional não acompanhar a globalização, a reversão da situação é praticamente impossível. Diria que o empreendedorismo e a globalização estão para o novo perfil do dentista, assim como a filogênese e a ontogênese foram e são fundamentais para a evolução do ser humano. Quem tem foco e visão globalizada: tem qualidade de vida e resiste ao mercado, por mais difícil que ele se encontre