Um grupo de pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) conseguiu isolar células-tronco adultas que podem vir a ser usadas no futuro no tratamento da fissura labiopalatina. Mais conhecida como "lábio leporino", essa anomalia congênita faz com que as pessoas fiquem com uma abertura no lábio e no céu da boca.
Usando uma amostra de tecido músculo labial de pacientes com a fissura, a geneticista Daniela Franco Bueno, do Instituto de Biociências da USP, obteve as células terapêuticas, que foram testadas depois em um experimento com ratos. Para verificar se elas seriam capazes de gerar tecido ósseo, os cientistas as implantaram em abertura nos crânios dos roedores.
Associadas a uma membrana de colágeno, as células conseguiram reconstruir parte do osso que faltava nos animais. Segundo os cientistas --que já patentearam a técnica-- são boas as chances de que se consiga fazer agora o mesmo no palato.
Explica Maria Rita Passos-Bueno, da USP, que liderou o estudo. "Acho que temos de trabalhar muito ainda para conseguir fazer um modelo experimental maior e mais apropriado", diz a pesquisadora. "Teríamos que testar pelo menos em coelhos ou ovelhas antes de passar para humanos. Se a gente conseguir fazer um modelo mais próximo da fissura, o que podemos fazer logo é entrar com um pedido [para testes em humanos] em um comitê de ética em pesquisa, porque isso leva tempo para ser aprovado."
Fonte: Folha Online
Por: Jonatas Lucas Lucizano
Tratamento De Células-tronco Pode Vir A Ser Usado Para Curar Lábio Leporino
Um grupo de pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) conseguiu isolar células-tronco adultas que podem vir a ser usadas no futuro no tratamento da fissura labiopalatina. Mais conhecida como "lábio leporino", essa anomalia congênita faz com que as pessoas fiquem com uma abertura no lábio e no céu da boca.
Usando uma amostra de tecido músculo labial de pacientes com a fissura, a geneticista Daniela Franco Bueno, do Instituto de Biociências da USP, obteve as células terapêuticas, que foram testadas depois em um experimento com ratos. Para verificar se elas seriam capazes de gerar tecido ósseo, os cientistas as implantaram em abertura nos crânios dos roedores.
Associadas a uma membrana de colágeno, as células conseguiram reconstruir parte do osso que faltava nos animais. Segundo os cientistas --que já patentearam a técnica-- são boas as chances de que se consiga fazer agora o mesmo no palato.
Explica Maria Rita Passos-Bueno, da USP, que liderou o estudo. "Acho que temos de trabalhar muito ainda para conseguir fazer um modelo experimental maior e mais apropriado", diz a pesquisadora. "Teríamos que testar pelo menos em coelhos ou ovelhas antes de passar para humanos. Se a gente conseguir fazer um modelo mais próximo da fissura, o que podemos fazer logo é entrar com um pedido [para testes em humanos] em um comitê de ética em pesquisa, porque isso leva tempo para ser aprovado."
Fonte: Folha Online
Por: Jonatas Lucas Lucizano