Atividade Física Como Fator “elevador Do Humor”


ATIVIDADE FÍSICA COMO FATOR “ELEVADOR DO HUMOR”
 
O Dr. Bouillet diz que a atividade física transforma toda a fisiologia: em
primeiro lugar, ela reduz a quantidade de tecido adiposo, principal local de
estocagem de toxinas cancerígenas. Na Universidade de Pittsburgh, a Dra. Devra
Lee Davis, que dirige o centro de pesquisa de oncologia ambiental, fala de
nosso excesso de gordura como da "descarga de produtos tóxicos" do
corpo humano. Para ela, toda forma de atividade física capaz de reduzir a
gordura - e com ela seu depósito de contaminadores - é o primeiro método de
"desintoxicação" do corpo. Além disso, o exercício físico modifica em
profundidade o equilíbrio hormonal. Ele reduz o excesso de estrógenos e de
testosterona que estimulam o crescimento dos cânceres (particularmente os
cânceres de mama, de próstata, de ovário, de útero e de testículo).
Reduz também a taxa de açúcar do sangue e, consequentemente, a secreção de
insulina e de IGF que contribuem tão dramaticamente para a inflamação dos
tecidos - e, através dela, para a disseminação dos tumores. Finalmente, a
atividade física - da mesma maneira que a meditação - atua diretamente sobre o
sistema imunológico. Ela parece protegê-lo contra o estresse das más notícias
...
Os corredores,
por exemplo, explicam que, no final de vinte ou trinta minutos de esforço
contínuo, eles entram num estado no qual, espontaneamente, surgem pensamentos
positivos, por vezes criativos. Menos conscientes de si mesmos, deixam-se guiar
pelo ritmo do esforço que os sustenta e os conduz simultaneamente. É o que se
chama comumente de "estado de euforia", o êxtase do corredor
alcançado ao fim de algumas semanas de perseverança. Mesmo sutil esse estado
pode viciar. Alguns não conseguem mais passar sem seus vinte minutos de corrida
sequer um dia. Segundo numerosos estudos, ele contribui certamente para o
importante efeito do exercício físico batizado de "elevador do
humor". Um efeito tão marcante que o exercício físico passou a ser
recomendado pelo Ministério da Saúde do Reino Unido, com a mesma importância
dos antidepressivos químicos.
 
Fonte: texto extraído do livro Anticâncer, de David Servan Schreiber