Cuide De Você A Escolha é Sua


Autor:Prof. Paulo Barreto dos Santos
Recebi um e-mail da aluna Janete, onde ela foi assistir a uma exposição no SESC Pompéia – “Cuide de Você”, traz interpretações textuais, traduções da carta em braile, código morse, estenografia, código de barras e outras linguagens escritas e verbais, além de retratos de cantoras e atrizes atuando, e filmes que registram interpretações-perfomance de uma carta de rompimento que a Sofphie Calle recebeu e não soube respondê-la.
Quantos de nós já não passamos por esta situação na vida.
A vida tem a ver com escolhas, sempre haverá escolhas, nós somos a soma das nossas escolhas. E a maioria delas não é feita por nós.
Você não pode escolher quando vai nascer, não pode escolher a família em que vai nascer, nem mesmo quem vai amar, mas você pode escolher viver melhor e como vai amar!
Você pode ter vários defeitos, viver ansioso e ficar irritado com o sistema, com o governo, com os amigos, mas não esqueça de que a sua vida é a maior empresa do mundo. E que você tem a escolha de evitar que ela entrem na estatística do Sebrae e vá à falência.
Cuide de você, tenha um estilo de vida mais saudável e seja feliz. Escrevi um artigo com algumas dicas de sucesso para a vida e para o amor.
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. A maior parte das doenças resulta de um estilo de vida inapropriado e de vários fatores, tais como tabaco, depressão, álcool, colesterol, hipertensão, diabetes, obesidade e sedentarismo.
Nada pior do que viver sem vida própria, sem luz, sem estímulo e sem felicidade no seu casamento, com o namorado, no trabalho, na escola e com os amigos. Passa-se a viver a vida de outros. Charles Chaplin arguia “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios e das tempestades, ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É agradecer, acordar e escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste ou alegre, posso reclamar sobre a minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
A escolha é sua, cuide de você!
Email do rompimento, motivo da exposição Cuide de você!
Há algum tempo venho querendo lhe escrever e responder ao seu último e-mail. Ao mesmo tempo, me pareceria melhor conversar com você e dizer o que tenho a dizer de viva voz. Mas pelo menos será por escrito.
Como você pôde ver, não tenho estado bem ultimamente. É como se não me reconhecesse na minha própria existência. Uma espécie de angústia terrível, contra a qual não posso fazer grande coisa, senão seguir adiante para tentar superá-la, como sempre fiz. Quando nos conhecemos, você impôs uma condição: não ser a “quarta”. Eu mantive o meu compromisso: há meses deixei de ver as “outras”, não achando obviamente um meio de vê-las, sem fazer de você uma delas.
Achei que isso bastasse; achei que amar você e o seu amor seriam suficientes para que a angústia que me faz sempre querer buscar outros horizontes e me impede de ser tranquilo e, sem dúvida, de ser simplesmente feliz e “generoso”, se aquietasse com o seu contato e na certeza de que o amor que você tem por mim foi o mais benéfico para mim, o mais benéfico que jamais tive, você sabe disso. Achei que a escrita seria um remédio, que meu “desassossego” se dissolveria nela para encontrar você.
Mas não. Estou pior ainda; não tenho condições sequer de lhe explicar o estado em que me encontro. Então, esta semana, comecei a procurar as “outras”. E sei bem o que isso significa para mim e em que tipo de ciclo estou entrando. Jamais menti para você e não é agora que vou começar.
Houve uma outra regra que você impôs no início de nossa história: no dia em que deixássemos de ser amantes, seria inconcebível para você me ver novamente. Você sabe que essa imposição me parece desastrosa, injusta (já que você ainda vê B., R.,…) e compreensível (obviamente…); com isso, jamais poderia me tornar seu amigo.
Mas hoje, você pode avaliar a importância da minha decisão, uma vez que estou disposto a me curvar diante da sua vontade, pois deixar de ver você e de falar com você, de apreender o seu olhar sobre as coisas e os seres e a doçura com a qual você me trata são coisas das quais sentirei uma saudade infinita. Aconteça o que acontecer, saiba que nunca deixarei de amar você da maneira que sempre amei desde que nos conhecemos, e esse amor se estenderá em mim e, tenho certeza, jamais morrerá.
Mas hoje, seria a pior das farsas manter uma situação que você sabe tão bem quanto eu ter se tornado irremediável, mesmo com todo o amor que sentimos um pelo outro. E é justamente esse amor que me obriga a ser honesto com você mais uma vez, como última prova do que houve entre nós e que permanecerá único.
Gostaria que as coisas tivessem tomado um rumo diferente.
Cuide de você.