Autor: Danilo Barossi Cury Ao contrário do que acontece nos países mais desenvolvidos, no Brasil não se dá prioridade à poupança. Normalmente, se gasta com base no que se vai ganhar. Se o dinheiro não entra, o indivíduo começa a depender de empréstimos, em um país em que se pratica a mais alta taxa de juros do mundo, de 5% a 10% ao mês, o que acumulado pode chegar a 220% ao ano, o que é um absurdo, se comparado a uma taxa básica de 19% e uma inflação de 6% ao ano. É fundamental que se poupe logo que recebemos a nossa remuneração, porque se deixarmos, depois de pouco tempo, nunca sobrará nada. Para isso devemos fazer uma previsão de despesas, dividindo-as em essenciais e não essenciais. Se somando as essenciais (alimentação,habitação,escola,etc) chegarmos à conclusão de que podemos poupar um montante, por exemplo, de R$ 300,00 por mês, temos que ter disciplina para, todo mês, numa data estabelecida, poupar esta quantia. Para ser mais claro: neste caso, estabelece-se a quantia de um salário mínimo a ser depositado em um fundo de investimentos de um banco de primeira linha todo dia 5 ou na data que for mais conveniente. Precisamos tomar cuidado com o tipo de aplicação a ser feita, por exemplo: não compre determinada ação se ela já se valorizou demais. Embora a mídia sempre aconselhe o contrário, deve-se comprar ativos (ações,moedas,imóveis,etc) quando estão baratos e vendê-los quando sobem de preço. Aplique sempre em bancos de primeira linha e, quando for possível, não coloque mais que um terço do seu patrimônio em um só tipo de aplicação ou só em uma instituição financeira. Para aqueles que tem consultório, é imprescindível, que tenham uma reserva financeira de pelo menos três vezes o faturamento médio mensal do mesmo. Enfim, uma poupança bem estruturada, é a melhor forma de se sair bem dos imprevistos que sempre acontecem em um país como o nosso.