Regeneração Articular


Essa técnica pode baratear os custos desse tratamento por não depender das células-tronco mesenquimais do próprio paciente para a regeneração de defeitos articulares
Um recente estudo conduzido por pesquisadores holandeses mostrou que uma mistura entre células de cartilagem do paciente associadas com células-tronco mesenquimais alogênicas (ou seja, de um outro indivíduo doador) foi responsável pela regeneração de defeitos articulares na cartilagem do joelho, levando a melhoras clínicas significativas. Embora células alogênicas tenham sido usadas para estimular a regeneração de cartilagem, o que poderia causar rejeição, o procedimento se mostrou seguro, sem nenhum registro de efeitos adversos graves durante um ano após o procedimento cirúrgico.

O estudo abre caminho para abordagens terapêuticas mais baratas envolvendo células-tronco mesenquimais para tratamento desse tipo de lesão, além de ser um procedimento menos doloroso e invasivo para o paciente.

Com o novo procedimento, os pesquisadores contornaram o problema de ao se fazer uso de células-tronco mesenquimais de outro doador, não há necessidade de espera pelo crescimento das células em laboratório, pois um estoque dessas células pode ser armazenado previamente, como se fosse um produto. Em segundo lugar, não é necessário se fazer uma injúria em um tecido saudável do paciente como no caso mencionado acima.

Este estudo, que foi o primeiro realizado em humanos com células mesenquimais alogênicas para reparo de cartilagem das articulações, envolveu 10 pacientes e deverá ser repetido em um grupo maior de indivíduos para a confirmação de sua eficácia para então poder ser utilizado na prática clínica.

 

Referências:

de Windt TS, Vonk LA, Slaper-Cortenbach IC, van den Broek MP, Nizak R, van Rijen MH, de Weger RA, Dhert WJ, Saris DB. Allogeneic Mesenchymal Stem Cells Stimulate Cartilage Regeneration and Are Safe for Single-Stage Cartilage Repair in Humans upon Mixture with Recycled Autologous Chondrons. Stem Cells. 2017 Jan;35(1):256-264. doi: 10.1002/stem.2475. Por KARINA GRIESI