Calcio E Efeitos à Saúde


Há inúmeras fatores envolvidos na etiologia da osteoporose, além do consumo dietético de cálcio, tais como: fatores genéticos, fatores ambientais, hábitos de vida, prática de atividade física, consumo de alimentos ricos em nutrientes que prejudicam a absorção do cálcio, consumo de alimentos com cálcio de baixa biodisponibilidade, além da idade, das condições fisiológicas e fatores hormonais

Vale ressaltar ressaltar que indivíduos vegetarianos, com alto consumo de frutas e vegetais, têm um adequado equilíbrio ácido-básico endógeno, proporcionado pelo potencial básico desses alimentos, que contribuem para uma adequada excreção urinária de cálcio. Por outro lado, sabe-se que o consumo excessivo de carnes, leite e derivados pode aumentar o risco de osteoporose, já que esses alimentos produzem altas cargas renais ácidas, gerando estados de acidose metabólica e aumentando a excreção renal de cálcio

Além do cálcio, o desequilíbrio de outros nutrientes também está associado ao aumento do risco de osteoporose, tais como:

·         O consumo mais elevado de leite nas mulheres e nos homens não é acompanhado por menor risco de fratura.

·         O alto consumo de sódio aumenta a excreção renal de cálcio.

·         A deficiência de zinco está associada com deterioração em até 45% a massa óssea.

·         O consumo adequado de potássio está associado com menor excreção urinária de cálcio, diminuição da reabsorção óssea e aumento da formação óssea.

·         O magnésio também atua no metabolismo ósseo e também atua no equilíbrio acido-básico.

·         A vitamina K atua no metabolismo da osteocalcina e tem associação inversa com a incidência de fraturas ósseas.

·         A vitamina C é fundamental para a adequada síntese de colágeno, que também está envolvido na ótima saúde óssea.

·         A vitamina D está intimamente relacionada ao metabolismo ósseo e sua deficiência resulta em menor absorção de cálcio e maior reabsorção óssea

Nota-se que a etiologia da osteoporose envolve a deficiência de muitos outros nutrientes como magnésio, cobre, zinco, manganês, potássio, boro entre outros, além do cálcio, todos envolvidos na adequada formação da massa óssea. Desta forma, é necessário que o hábito alimentar populacional seja modificado como um todo, e não somente com a inclusão de um ou outro alimento. É importante se estimular uma dieta saudável, com boas quantidades de frutas, verduras, legumes, oleaginosas, leguminosas, gorduras poli-insaturadas, alimentos integrais, e que seja pobre em gorduras saturadas, colesterol, açúcar e alimentos refinados, alimentos ricos em sódio e sal, alimentos industrializados como salgadinhos, refrigerantes, enlatados e embutidos e fast-food, além de promover uma adequada razão dietética entre proteínas animais e vegetais; contribuem para uma ótima saúde óssea, além de reduzir o risco de desenvolvimento de diversas patologias, tais como: doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, hipertensão arterial, doenças inflamatórias, entre outras.