Para alguns a consulta odontológica é um verdadeiro pesadelo, que vai além de um simples desconforto. O profissional também precisa controlar a ansiedade e o estresse despertados pela tensão do paciente
O medo de dentista é um fenômeno conhecido há centenas de anos. De fato, naquele tempo, havia motivos reais para ter medo do dentista. Mas hoje? A ciência e a tecnologia para reduzir a dor evoluíram muito, bem como a consciência a respeito da importância de manter uma relação de delicadeza e confiança com os pacientes. Ainda assim, o medo antigo permanece. Os inúmeros estudos que procuraram quantificar a difusão desse medo chegaram mais ou menos à mesma conclusão: quase 50% da população vai ao dentista com certa dose de ansiedade. Alguns especialistas consideram específica essa fobia, sem nenhuma relação com eventos traumáticos vividos no passado. Uma interpretação interessante das hipóteses foi feita por Jean Piaget sobre a evolução psicossocial da criança. De acordo com a teoria, na primeira fase do desenvolvimento, a oral, apontada por Sigmund Freud, a criança se comunica e sobrevive pela boca. “Por esse motivo, qualquer ato realizado no interior da cavidade oral pode ser interpretado como uma ameaça ao próprio equilíbrio”, observa Antonio Carrassi.
Do ponto de vista neurológico a importância da área orofacial em relação a outras áreas do corpo é justificada, já que o córtex cerebral oferece representação superdimensionada. Na prática, equivale a dizer que somos extremamente sensíveis a tudo o que diga respeito aos estímulos nessa região. Um pequeno corte na língua ou na gengiva, que em outra parte seria pouco notado, parece imenso na boca.
Dicas para vencer o medo
1. ESCOLHA O DENTISTA QUE “COMBINE” COM VOCÊ
2. DESCREVA SEUS MEDOS
3. NÃO SINTA VERGONHA - Muitas pessoas ficam constrangidas e escondem seu medo de submeter-se ao tratamento odontológico.
4. O QUE MAIS ASSUSTA - Muitas vezes o medo parece difuso, o que faz com que se torne maior e mobilize grande energia. Por isso, em muitos casos é útil discriminar esse sentimento, identificando o que provoca mais incômodo no tratamento: a injeção, o cheiro típico do consultório, o temor de sentir dor mesmo sob efeito da anestesia ou outro aspecto qualquer.
5. LIVRE DE COMPROMISSOS - Para as pessoas que enfrentam grande desconforto com o tratamento, “espremer” a consulta entre um compromisso e outro pode ser ainda mais estressante. Em geral, marcar um horário quando estiver menos sobrecarregado ajuda a chegar ao consultório mais relaxado. Para algumas pessoas é preferível uma hora pela manhã, já que com o passar do dia as fantasias assustadoras tendem a aumentar.
6. A INFORMAÇÃO PODE AJUDAR - Você pode pedir ao dentista que lhe explique cada passo do tratamento
7. RELAXE ANTES
8. VISITAS MAIS FREQUENTES, MENOS PROBLEMAS
Fonte: Rev Mente e Cérebro / jul 11 por Massimo Barberi
Medo De Dentista
O medo de dentista é um fenômeno conhecido há centenas de anos. De fato, naquele tempo, havia motivos reais para ter medo do dentista. Mas hoje? A ciência e a tecnologia para reduzir a dor evoluíram muito, bem como a consciência a respeito da importância de manter uma relação de delicadeza e confiança com os pacientes. Ainda assim, o medo antigo permanece. Os inúmeros estudos que procuraram quantificar a difusão desse medo chegaram mais ou menos à mesma conclusão: quase 50% da população vai ao dentista com certa dose de ansiedade. Alguns especialistas consideram específica essa fobia, sem nenhuma relação com eventos traumáticos vividos no passado. Uma interpretação interessante das hipóteses foi feita por Jean Piaget sobre a evolução psicossocial da criança. De acordo com a teoria, na primeira fase do desenvolvimento, a oral, apontada por Sigmund Freud, a criança se comunica e sobrevive pela boca. “Por esse motivo, qualquer ato realizado no interior da cavidade oral pode ser interpretado como uma ameaça ao próprio equilíbrio”, observa Antonio Carrassi.
Do ponto de vista neurológico a importância da área orofacial em relação a outras áreas do corpo é justificada, já que o córtex cerebral oferece representação superdimensionada. Na prática, equivale a dizer que somos extremamente sensíveis a tudo o que diga respeito aos estímulos nessa região. Um pequeno corte na língua ou na gengiva, que em outra parte seria pouco notado, parece imenso na boca.
Dicas para vencer o medo
1. ESCOLHA O DENTISTA QUE “COMBINE” COM VOCÊ
2. DESCREVA SEUS MEDOS
3. NÃO SINTA VERGONHA - Muitas pessoas ficam constrangidas e escondem seu medo de submeter-se ao tratamento odontológico.
4. O QUE MAIS ASSUSTA - Muitas vezes o medo parece difuso, o que faz com que se torne maior e mobilize grande energia. Por isso, em muitos casos é útil discriminar esse sentimento, identificando o que provoca mais incômodo no tratamento: a injeção, o cheiro típico do consultório, o temor de sentir dor mesmo sob efeito da anestesia ou outro aspecto qualquer.
5. LIVRE DE COMPROMISSOS - Para as pessoas que enfrentam grande desconforto com o tratamento, “espremer” a consulta entre um compromisso e outro pode ser ainda mais estressante. Em geral, marcar um horário quando estiver menos sobrecarregado ajuda a chegar ao consultório mais relaxado. Para algumas pessoas é preferível uma hora pela manhã, já que com o passar do dia as fantasias assustadoras tendem a aumentar.
6. A INFORMAÇÃO PODE AJUDAR - Você pode pedir ao dentista que lhe explique cada passo do tratamento
7. RELAXE ANTES
8. VISITAS MAIS FREQUENTES, MENOS PROBLEMAS
Fonte: Rev Mente e Cérebro / jul 11 por Massimo Barberi