Autor: Clarles Benigno
Viva! Até o FMI reclama das taxas de juros no país. Será que desta vez a coisa vai mudar?
Taxa de juros no Brasil sempre foi “tabu”; é uma situação que vem de longe na nossa história. Parece que nunca conseguimos fugir das taxas estratosféricas. É como uma doença crônica. Não adianta tomar remédio. O máximo que conseguimos fazer é melhorar os sintomas.
Para muitos, as altas taxas de juros no mercado parece ser coisa de momento, de situação econômica, conjuntural. Entretanto, para os mais barrocos, ou estudiosos da matéria, ou mesmo historiadores, altas taxas de juros são quase uma questão cultural no Brasil.
Os juros no Brasil sempre foram altos, e isso ocorre desde a época do Império, quando a política econômica de D. Pedro I ajudava aos escravagistas, em detrimento dos industriais.
Mesmo com os protestos centenários, entra governo, sai governo, sempre existe um motivo perfeito – e economicamente explicável – para manter as altas taxas de juros no mercado. Até mesmo o governo Lula entrou nessa, de tentar explicar e manter essa política que acaba com a capacidade do país de obter capital para fazer crescer os negócios. Vou ousar, e criar um neologismo: é um “escravagismo econômico”.
Ao analisar, por exemplo, a Inglaterra e os Estados Unidos, está claro que suas economias foram oxigenadas pela disponibilidade de capital para financiar investimentos produtivos, seja por meio de capital de risco, seja por meio de capital a custo baixo. No Brasil, se recusa a sabedoria financeira e se faz tudo ao contrário.
Ao invés de se criar empregos com o crescimento dos negócios, se cria altas taxas de juros, se sobretaxa a produção com impostos elevadíssimos e se distribui cestas básicas para os desempregados.
Historicamente, essa política sempre foi autofágica. Sempre defendeu os interesses de um seleto grupo de investidores. E, ainda, se continua a defender os escravistas, como na época do Império, porque juros altos são uma forma de manter um tipo de escravidão. E, para manter um pequeno grupo de banqueiros e investidores ganhando dinheiro, trabalham dia e noite milhões de empresários e trabalhadores. Justamente os que mais lutam para criar desenvolvimento econômico.
Acho que nos acostumamos com essa situação, aprendemos a conviver com ela. Incorporou a paisagem. Estamos desavergonhados. Isso é irônico, principalmente quando sabemos que o PT sempre defendeu o fim desta política. Agora a defende como pode, com as mesmas justificativas de seus antecessores no poder.
Juros Altos: Coisa Antiga.
Viva! Até o FMI reclama das taxas de juros no país. Será que desta vez a coisa vai mudar?
Taxa de juros no Brasil sempre foi “tabu”; é uma situação que vem de longe na nossa história. Parece que nunca conseguimos fugir das taxas estratosféricas. É como uma doença crônica. Não adianta tomar remédio. O máximo que conseguimos fazer é melhorar os sintomas.
Para muitos, as altas taxas de juros no mercado parece ser coisa de momento, de situação econômica, conjuntural. Entretanto, para os mais barrocos, ou estudiosos da matéria, ou mesmo historiadores, altas taxas de juros são quase uma questão cultural no Brasil.
Os juros no Brasil sempre foram altos, e isso ocorre desde a época do Império, quando a política econômica de D. Pedro I ajudava aos escravagistas, em detrimento dos industriais.
Mesmo com os protestos centenários, entra governo, sai governo, sempre existe um motivo perfeito – e economicamente explicável – para manter as altas taxas de juros no mercado. Até mesmo o governo Lula entrou nessa, de tentar explicar e manter essa política que acaba com a capacidade do país de obter capital para fazer crescer os negócios. Vou ousar, e criar um neologismo: é um “escravagismo econômico”.
Ao analisar, por exemplo, a Inglaterra e os Estados Unidos, está claro que suas economias foram oxigenadas pela disponibilidade de capital para financiar investimentos produtivos, seja por meio de capital de risco, seja por meio de capital a custo baixo. No Brasil, se recusa a sabedoria financeira e se faz tudo ao contrário.
Ao invés de se criar empregos com o crescimento dos negócios, se cria altas taxas de juros, se sobretaxa a produção com impostos elevadíssimos e se distribui cestas básicas para os desempregados.
Historicamente, essa política sempre foi autofágica. Sempre defendeu os interesses de um seleto grupo de investidores. E, ainda, se continua a defender os escravistas, como na época do Império, porque juros altos são uma forma de manter um tipo de escravidão. E, para manter um pequeno grupo de banqueiros e investidores ganhando dinheiro, trabalham dia e noite milhões de empresários e trabalhadores. Justamente os que mais lutam para criar desenvolvimento econômico.
Acho que nos acostumamos com essa situação, aprendemos a conviver com ela. Incorporou a paisagem. Estamos desavergonhados. Isso é irônico, principalmente quando sabemos que o PT sempre defendeu o fim desta política. Agora a defende como pode, com as mesmas justificativas de seus antecessores no poder.
