Mensagem Para Você


Autora: Maria José Carvas Pedro
Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Será?Comigo não é bem assim, a diferença é que na segunda queda já estou um pouco “treinada” . Foi o que ocorreu num dos meus cursos de MBA, quando o desafio era dar uma aula sobre MKT, onde meus colegas eram professores, gerentes, diretores de MKT, só que eu já havia passado pela experiência do “Sociedade dos Poetas Mortos”. Já tinha aprendido que estratégia, criatividade, administrar meus conflitos pessoais poderiam me ajudar mais uma vez. Por que não se a situação era bem semelhante ? Primeiro decidi abordar o MKT, não pelos 4P’s ou 4 C’s ou por qualquer outra letra. Estava decidida a abordar o MKT, por uma ótica que para mim é mais familiar, assim me sentiria mais segura no momento da exposição. Atuo na área da neurociência, funcionamento cerebral, temperamentos, personalidades. Então meu desafio agora era achar um filme que abordasse o MKT, mas que envolvesse o lado neuroemocional. BINGO ! Nada melhor que o filme “MENSAGEM PARA VOCÊ”. Um filme que aborda que o grande diferencial no MKT não são os P’s ou C’s ou outra letra. A diferença está no orgulho e no preconceito que cada um de nós, carrega dentro de si. Aliás este é outro grande filme. O quanto o nosso orgulho nos permite “enxergar” a concorrência; o quanto isto é conseguido sem “preconceitos”. Sinceramente, em minha opinião, estes dois ingredientes são a base do MKT pessoal, o resto ( e me perdoem os professores da área, pois trata-se de uma leiga escrevendo) é pura conseqüência !!! Este filme é um romance moderno em que o proprietário magnata de uma super loja de livros e uma dona de uma aconchegante livraria infantil são correspondentes anônimos por e-mail que se apaixonam perdidamente sem saber que são, na verdade, concorrentes nos negócios Esta é uma versão do livro de Jane Austin “Orgulho e Preconceito”, onde a autora mostra que o amor e suas conseqüências – prazer, o crescimento, a criatividade, a felicidade, o ampliar de horizontes – são conquistados quando deixamos de lado nosso orgulho e/ou preconceito agindo na vida com flexibilidade. O orgulho no livro é representado por Mr. Darcy, no filme por Joe Fox (Tom Hanks) e o preconceito por Elizabeth e no filme por Kathleen (Meg Ryan). Kathleen está sem perspectiva, estagnada, semelhante à cultura, representada na sua loja, nos seus preconceitos, onde teme romper com o passado, bem como admitir a necessidade de mudança. Não se preocupa com a concorrência. Sua equipe está comprometida, há um envolvimento, mas desde que os preconceitos e a tradição sejam mantidos. Demonstra ser uma líder insegura. Desta forma jamais descobrirá seus talentos. Talentos estes que a levarão à suas metas, a superar obstáculos, a crescer. Para tanto Kathleen precisou aprender a ter feedback, a ouvir o que Joe lhe falava sem contestação, sem preconceito. Por outro lado, quando Joe começa a se destituir de seu orgulho, ele passa a buscar por novos conhecimentos. Sente e realiza uma mudança na cultura da família, gera conflitos internos, principalmente no sistema de liderança, embora as metas financeiras sejam atingidas, mas não há nenhum envolvimento da equipe. Age neste ponto, pois sabe que é um fator gerador de metas, realizações e desenvolvimento das habilidades necessárias ao sucesso profissional. Quando presto consultoria, percebo a mesma situação, meus clientes acham que trabalhar somente no MKT todo o problema do consultório (ou clínica) já está resolvido. Não é bem assim. MKT é importante, mas sempre digo que ele é a farinha do bolo, mas não o bolo. Não estão prontos para o feedback, para mudanças organizacionais, para o trabalho em equipe, liderança. Sempre iniciamos nosso trabalho atuando sobre o orgulho e preconceito.