POR:Maria José Carvas Pedro,PhD. Maria de Fátima Abud Olivieri,PhD. Está nascendo uma nova função para o profissional da área da saúde. Além da tradicional preocupação com seus pacientes/clientes, faz-se necessário ampliar a competência na administração de seu consultório e na gestão de seus colaboradores. Esta tarefa parece complexa demais , principalmente para aqueles que jamais se depararam com tais conceitos em sua formação profissional. Para FREITAS (2007), ter uma profissão significa obtenção de uma autonomia legitimada e organizada, ou seja, o direito exclusivo de determinar como e quem pode exercê-la legitimamente. Algumas profissões, entre elas a Medicina e Odontologia, conseguiram garantir o direito de ser o árbitro de seu próprio desempenho, sob a justificativa de que são as únicas capazes de avaliá-lo adequadamente e de que estão comprometidas em garantir padrões básicos de trabalho. Enquanto profissão possui expertise e a ideologia de um serviço independente e de qualidade à sociedade. Segundo VIEIRA (2007), hoje o profissional deverá possuir algumas características básicas, como ser pró-ativo, ser generalista, ser flexível, estar propenso a mudanças, entre outras coisas. O que era bom ontem, hoje já não é tão bom e amanhã, com toda certeza, tornará ultrapassado. O que se observa é que o mercado mudou, e muito, nos últimos anos; só que pela característica da formação universitária, em preparar profissionais liberais, tecnicamente competentes, acabou gerando um conceito subliminar, que estando apto para a profissão, estaria apto ao mercado de trabalho; e, o que se encontra hoje em dia é exatamente o contrário; um mercado regendo a profissão que pelas estatísticas deixou de ser liberal, para tornar-se assalariada. Neste momento o profissional começa a se deparar com uma série de frustrações, pois tecnicamente é bem competente, mas sua competência muitas vezes, não é absorvida pelo mercado. Com a finalidade de traçar o perfil do profissional da área, foi realizada uma pesquisa no período de abril a maio de 2007, com 212 profissionais da área da saúde, em algumas cidades do Estado de São Paulo, incluindo a Capital, e em outros estados do Brasil, como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, detectando ainda as necessidades de cada setor. Teve-se como objetivo também, descobrir por meio da cultura da área, quais os impasses que atualmente se apresentam a cada profissão e quais são os prováveis pontos vulneráveis que, se modificados, poderiam auxiliar em uma maior rentabilidade da área. Dos 212 profissionais distribuídos em Odontologia, Medicina, Fonoaudiologia e Fisioterapia, que responderam o questionário, (ninguém se negou a responder o mesmo), percebeu-se, até para surpresa das autoras, que os entrevistados, queriam colaborar de alguma forma, para a melhoria e entendimento do momento cultural pelo qual passa a sua área de atuação. O que surpreendeu foi o resultado da pesquisa, inesperado até para as autoras. Caso haja interesse, veja a pesquisa completa no livro Gestão de Pessoas Aplicada à Área da Saúde – Perfil do Profissional. Vide resultados detalhados por especialidade no Cd Room que acompanha o livro. Autoras Maria José Carvas Pedro e Maria de Fátima Abud Olivieri.